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Posts Tagged ‘manacás’

Queridos amigos e amigas do Fogão de Três Bocas, não sei se vocês são iguais a mim, mas será que às vezes param no tempo, e ficam pensando e revivendo momentos lá da infância?

Pois há momentos marcantes que sempre voltam ao pensamento presente. Vou contar um deles que foi extremamente marcante e super significativo:

Tinha mais ou menos uns dez anos, e minha irmã mais velha que na época tinha uns doze, a Aninha, sempre gostou de contar histórias, era ótima nisso. Ainda é só que agora estou muito grandinha prá ficar ouvindo suas historinhas. Agora ela conta pra os meus dois sobrinhos queridos: Maria Clara e João.

Aninha era tão boa nisso, que o mesmo livrinho ela lia umas duzentas vezes, sempre contando de formas diferentes, conseguindo prender nossa atenção o tempo todo.

Obs.: nossa, porque sempre tinha primas ou amiguinhas na roda da historinha.

Bom, certa tarde Aninha me grita lá do quarto da nossa mãe:

_ Quel, corre, vem cá!!!

E eu mais do que correndo voei até lá e me deparei com a Aninha em frente à janela, onde tem até hoje um pé de manacá (aquela arvorezinha linda que dá florezinhas roxas e brancas e tem um cheirinho delicioso). Aninha olhou para mim e disse:

_ Quel (me lembro perfeitamente como se fosse hoje), você tá vendo aquele algodão ali em cima? (Ela tinha colocado um bolo de algodão molhado em violeta genciana num galho alto do manacá). Continuou:

_ Esse algodão, nasce de 1000 em 1000 anos e é o algodão da Felicidade! Quem conseguir “pegar ele” vai ser a pessoa mais feliz do mundo!!

Eu, mais que depressa dei um super pulo, peguei o algodão e nem titubeei: o coloquei na boca e engoli:

_ Oba!! Vou ser a pessoa mais feliz do mundo!!!

Aninha concordou. Só foi me dizer que ficou um pouquinho preocupada muitos anos depois, pois não sabia se a violeta genciana podia fazer mal ou não.

Mal não fez, só fiquei com a boca roxa. Mas valeu a pena! Prá ser feliz uma boquinha roxa não tem problema nenhum.

Esta é uma passagem que guardo bem nítida e colorida daquela infância tão feliz…

Obrigada maninha por me proporcionar momentos tão deliciosos!!!

Vou usar essa história com o Otto e a Tetê! Depois conto prá vocês!!!

Raquel Fernandes

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Consciência arduamente assimilada e cotidianamente conquistada.

Lugar invisível para quem ainda não se vê! Presença de “espírito”-terra prometida que irrompe a fadiga, instala a leveza, encanta a desilusão e formata a vida- remanso da “nova e eterna aliança”, doada a todos nós!

Utopia feminina, resposta às mudas vozes falantes, desestabilizadoras de vidas plenas- não mais metem medo.

O TERÇO estilhaçado deixa de ser mantra do antigo ROSÁRIO, agora, novo e encorajador e silencioso de quase mudo… Pacificador da ignorante passividade omissa e submissa.

Cabe o latifúndio- há de haver muita vida vivificante no caminhar.

Marla P. Costa

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