DETESTO comportamentos deselegantes!
Alias “Calma e Elegância” são a tônica deste fogão… Pelo menos tentamos tê-las a maior parte do tempo.
Descontamos só, e somente só, os momentos de montanha russa hormonal e seguimos em frente, tentando ser o mais leves, gentis e civilizadas quanto gostaríamos que assim fossem conosco.
A máxima: “Aja com os outros da maneira que gostaria que agissem com você”, pode ser traduzida em tempos reais: “Faço para MIM o que bem entendo e mereço, e os outros que se danem”!
Sabe coisa do tipo: bom dia, boa tarde boa noite? Tá em falta na prateleira. E o, por favor,/obrigada? Nem te conto… Esses artigos devem vir em caixinhas de organza suíça, cravadinhas de diamantes, quão raros e DE LUXO eles são… Pode?
Poderia começar a desfiar o rosário, mas só posso falar do que sei, do que vi ou que passei. É mais elegante assim…
Morar em apartamento é um exercício de civilidade. Um condomínio é um microcosmo dessa paulicéia desvairada.
Pense em gente que deixa o carrinho de supermercado, VAZIO, passeando de elevador, depois de comodamente ter descarregado suas compras em casa? Esses estão gritando: “O primeiro trouxa que achar esse engodo aí, coloque no lugar, viu? Porque EU já se dei bem”!!!
Tem também a turma daqueles que esquecem o controle da garagem, e começam a buzinar enlouquecidamente, como se fosse comemoração de copa do mundo, pro pobre do porteiro ir correndo abrir… Aí a frase é: “Cadê o personal abridor de portão de garagem que não está aqui pronto pra ME servir? E é nesse português lindo mesmo!
Bem, eu até dou sorte o edifício onde moro, uma vez que a idade média dos moradores é de 70 anos. O que deveria ser vantagem… Gente vivida, já passou por poucas e boas… tá cansada também…Mas de vez em quando, escapole um mais desavisado.
Estou FARTA de ver gente furando fila, goderando o assento ou o caixa exclusivo, reservado para gestantes, idosos e portadores de necessidades especiais; parando o carro no meio da rua com as portas escancaradas, como uma borboleta feliz, e eu dando o sangue pra manobrar em cinqüenta centímetros de asfalto que me restam, sem arrancar a porta ou um pedaço do infeliz.
Estou EXAUSTA de ver pessoas tentando e levando vantagem em tudo, a começar pelos pequenos atos do cotidiano, que são… incontáveis.
Custa desligar a porcaria do celular durante o filme, show, teatro, cinema, aula, palestra, missa, culto, etc.?
Acho que descobri o que falta… FALTA DE PENSO. Ah, se estes pensassem, ou mesmo fizessem uma pausa antes de qualquer ato de: falta de delicadeza, falta de civilidade, falta de noção… resumo da ópera: falta de EDUCAÇÃO?
Pelo menos quero acreditar que seja isso, o que falta…
Mas são estas mesmas pessoas que mais reclamam da falta de decoro parlamentar, falta de transparência do governo, falta de honestidade dos políticos. Não, eles não podem reclamar, porque têm o que merecem.
Enfim, para concluir meu pensamento, falta de vergonha na cara para admitir que: “macaco senta no rabo pra falar do rabo dos outros”. Perdoem meu francês e a falta de polidez. Mas me falta paciência, e entro numa era de tolerância zero com as ausências de outrem.
Não que eu seja, ou pretenda ser um exemplo. Longe disso! TÁ AMARRADO! Tenho certeza que dou minhas escorregadas, mas procuro respeitar o ser humano e sua inteligência, como linha de ação. Mas existem certas atitudes, que para mim são tão absurdas e que não cabe mais em contexto algum, que me falta coragem (graças a Deus!) para tomá-las.
São os comportamentos pequenos e rudes que me incomodam, e passam despercebidos pela maioria que os avaliza sem pudor.
É… Se falta ou não, princípios básicos de educação, ou o que quer que seja, me desculpem, foi um desabafo.
O fato é que chega de desculpar as faltas. Estou é CHEIA mesmo!
Rachel Távora
Fogão de três bocas 