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Parte I- Um dia de fúria

…e eu mandei o pobre do moço pra tanto lugar… daqueles que NUNCA fazem parte do meu itinerário verbal. Minha vontade era sair do carro e “dar” nele; foi quando percebi que já tinha tirado o cinto de segurança… Valha-me, Deus!

E essa história começou em um pacato dia de quarta-feira. Já saindo do trabalho para o almoço, parei no sinal e aproveitei que não estava em movimento para dar um recado rápido e urgente via celular. Sim, porque todos os nossos recados são URGENTES, e celular é igual ao bloquinho de anotações do cérebro. Se não fizer a bendita ligação naquele momento, um cataclismo pode acontecer a qualquer minuto.

Voltando para a história, fui dar o azar de encontrar, naquele sinal, um grupo de uma empresa cuja missão nesta terra, é educar as pessoas no trânsito. LÓGICO que me pegaram pra Cristo.

Enquanto terminava a ligação, os inconvenientes e infelizes continuavam a me perturbar batendo no vidro do carro, mostrando uns panfletos infames. E o pior… Me chamando de TIA! _ “Tia, desliga o celular”! Olha a BH trans ali na frente… Hã?!?!?? TIA NÃO! Nada contra ser Tia, mas aquilo era um desaforo!!! Passou dos limites! Era pessoal. Terminei minha ligação, já sem saber se havia desligado o aparelho ou não, a essas alturas eu já estava cega e burra! Tampei o celular longe, e com uma olhar de ódio e fúria…(porque nessas horas a gente “garra” ódio), abri a janela do carro, e…

…mandei o moço pra lugares tão sujos e inóspitos que dava gosto de ver minha eloqüência.

Acusei a integridade do sujeito que, é claro, ficou estático, boquiaberto, e a única coisa que se ouviu dele, foi um miado fraco dizendo: _ “Um bom dia pra senhora”…

CLARO que eu estava louca e COMPLETAMENTE sem razão, e não me orgulho nem um minuto do que fiz, mas…

Logo que o sinal abriu, ajeitei os cabelos, me aprumei no assento e segui, então, tranqüila e leve como se tivesse feito uma seção de 2 horas de massagem holística!

À noite, ainda rouca por motivos “terapêuticos anti-stress”, relatei o ocorrido ao meu marido que com certo alívio no olhar, só conseguiu exclamar: _ “Ô, bondade…” E depois de uma breve pausa completou: _ “Você precisava disso. Esse moço foi o instrumento da sua paz!”

Acho que na brevidade se seu suspiro, meu amado e compreensivo maridinho pensou com seus botões: ANTES ELE DO QUE EU!

E todo mês, ele se exulta e pronuncia pra quem quiser ouvir: _ “Que mulher maravilhosa a minha! Sempre me avisa quando entra em TPM… Ele sabe o risco que corre, e por isso agradece. Quanto a mim, o mínimo que posso fazer para amenizar os efeitos catastróficos deste período, é anunciar a hecatombe eminente, para assim, preservar melhor a espécie alheia.

O bem da verdade, quando o assunto é TPM, a sensação é que todas nós somos PHD nessa matéria. Conhecemos nossos comportamentos, insanos e infantis, pertinentes a este período, como a palma de nossas mãos. E que mesmo assim, quando a tragédia anunciada acontece, sabemos que nós mesmas não nos suportamos. Criamos antipatias e desilusões dignas de um filme… B. Porque esse é o lado B, O lado negro da força. Lado B de bola, que é como nos sentimos. Comemos tudo que, até onde tenho relatos, é comida… Sim, porque até aquela calculadora com cheiro e forma de chocolate ou a melissinha e seu aroma de bala, chicletes, sei lá, parecem apetitosos, e correm de fato um risco grande de levar pelo menos uma dentada.

O jeito é apelar para as drogas… Tudo que começa com FLUO e termina com XETINA, pode colocar na comida, tomar com cafezinho, que você estará fazendo um bem pra humanidade.

Acho sim, que nem a NASA seria capaz de desenvolver uma jaula capaz de conter essas feras descontroladas…

Certa vez, li um panfleto, acho que do ministério da saúde ou coisa parecida, no qual dizia que a TPM, parecia uma luta de SUMÔ indoor. ADOREI!!!  Esse bem humorado fragmento de texto, certamente foi escrito por uma mulher e publicado por homens. A primeira desabafou. E o segundo, espalhou o alerta geral…

É uma aventura, essa condição de sermos quem somos; mulheres surpreendentes, às vezes loucas, e deliciosamente perigosas… Deixo meu testemunho, com a certeza e o conforto que não sou a única, nem a primeira ou a última mulher a parecer publicamente uma Totalmente Pirada Mesmo, em situação de risco…

Moral da história: Não mexe com quem está quieto ou cutuque a onça com vara curta… Sabe-se lá se a onça está de TPM?

Enfim, acabo assim esse artigo. Aguardando sem ansiedade nenhuma pelo mês que vem, e com uma colher de brigadeiro ainda quente na boca.

Rachel Távora

Abro os olhos e vejo os números vermelhos do relógio digital que me vigia a noite toda:

6:20 AM.

A inércia atua de forma tão brutal, que meu corpo pesa mais que uma rinoceronte grávida.

É segunda feira.

Depois de ficar um tempo meditando sobre não sei o quê, (os neurônios também estão acordando) decido que tenho que vencer a guerra de levantar.

Ao decidir que sim, me rendo à preguiça do não…

Minha auto cobrança grita por socorro, mas minha vontade de me deixar permitir fala mais alto.

Nesse turbilhão de idas e voltas, tenho uma surpresinha já esperada com carinho. Meus filhotinhos Otto e Tetê adentram o quarto querendo aninhar-se por debaixo do edredom.

Que delícia…

Olho para eles e falo em bom tom:

“hoje não tem escolinha! Vamos ficar em casa! Mamãe não vai trabalhar e vamos brincar o dia todo!”

Tetê começa a gritar: “Oba, oba, oba!” E Otto pula da cama saltitante e alegre imitando um sapo!

Ligo para o brechó e digo para Jana, minha querida gerente: “Hoje estou de férias! Vou curtir esta segunda feira com os meninos.”

Fomos ao supermercado a pé e com muita calma. Fiz um franguinho ensopado delicioso para o almoço enquanto ouvíamos música alegre e dançávamos.

Parecia que o dia estava conspirando a nosso favor…

Lá pelas quatro horas da tarde, depois de tirarmos uma longa soneca em frente à televisão, a tarde vira noite, e cai uma chuva como há muito tempo não caía.

Fomos para a janela admirar aquele temporal.

A chuva lavou tudo, inclusive aquele meu medo de estar fazendo algo que era, até então, inadmissível.

Aqueles momentos de prazer não tinham preço. E mesmo se tivessem, não valeriam nunca, nem de longe, o equivalente a um ano de vendas recorde na loja.

Às vezes, a vida realmente parece um esmeril. Pedra usada para polir metais, pedras preciosas e semipreciosas.

Esmeril: hostil, gentil, sutil… Ferramenta muito útil para poder de vez em quando, dar uma bela polida e realçar novamente o brilho da vida!

Raquel Fernandes

Quisera eu, que essa “pérola” contada despretensiosamente (por uma amiga), tivesse sido apenas palavras lançadas ao vento numa noite suave de verão.

Doce ilusão- nada com um dia após o outro com uma noite ao meio, pra cairmos na real! Tentarei através desse humilde artigo, narrar algumas situações e momentos (“meus, que micos!), e saibam: quem nos fala, não é dada a prática de delírios nem devaneios e. assim caminha a humanidade!!!

Bom, sabemos que nossa sociedade pós moderna(leia-se: biruta, tan tan, doida mesmo!), não dispensa realidades singulares e genuínas, porque não dizer dantescas? Pois é, mas apesar de tudo, eu ainda A-CRE-DI-TO no ser humano. Fazer o quê? Matar? Quem dera (meu sonho), mas não posso; então, arregaço as mangas e fico “DE FRONTOFE” com tudo isso, e o pior: “baseado em fatos reais” _ ninguém merece!

Sabe aquele pessoal do “ACADÊMICOS DO SEM-NOÇÃO”? Eles mesmos são líderes número um na arte de arquitetar episódios assim, ta rindo? Eu também (pra não chorar), quando “recuerdo” que esse seleto clube é composto pelos seres humanos (do gênero masculino) mais absurdos do U-NI-VER-SO; não disse PLANETA TERRA não, é U-NI-VER-SO mesmo, ta ligada?

Você às vezes pensa que já entendeu um monte de coisas (de HOMEM, é claro), e de repente, descobre que ainda não entendeu nada (e sabe-se lá, se algum dia entenderá)!

Fica um pouco perdida, desconfia de si mesma, mas, por fim, compreende que apesar de misterioso, não há mistério neste mundo que dure para sempre, debaixo desse céu que nos protege- Amém! Aí é o que o enigma de encontro (ou desencontro) inicia seu trajeto!

Tenho muita facilidade para DE-CO-DI-FI-CAR “sinais” (que só nós mulheres “VEMOS” e “AMAMOS”). Depois como também adoramos ouvir (falar, às vezes) interpreto o dito e o “não-dito” com sagacidade; e já no final quase que em transe, faço com clareza crepuscular a leitura de TO-DO-O-PRO-CES-SO. Que processo? Só se for judicial! Óbvio que no dia seguinte e nos próximos que virão (por toda a eternidade), não rolará NA-DA! Gente, ta na cara, tenho vontade de ir à Delegacia INTERNACIONAL dos Direitos da Mulher (existe?), e denunciar mais um psicopata e mestre em me CONFUNDIR! O mesmo tem o talento de reunir em sua personalidade (psicopata sim) categorias “afetivas e intelectuais” (é possível?) de um típico LATIN LOVER (adooooro) mescladas ao charme da comunidade masculina européia (pode? Juro que existe), aconteceu em tempo e espaço REAIS. (tenho até álibi).

Mas…, mais uma vez, abre-se a CAIXA DE PANDORA!!!

“Después”… Passados alguns dias de ABDUSÃO (sumiço, se preferir), lá, quando a poeira já está quase assentada, vejo (de longe), quem? UM PAXÁ, milionariamente assentado numa mesa de BUTECO, cercado dos velhos amigos e sócios “daquele clube”, lembra?

Só que aí, o instinto feminino de sobrevivência fala mais alto, e a gente prá se proteger, entra em qualquer portinha aberta e DE-SA-PA-RE-CE igual fumacinha no ar! Em nome de que nobre sentimento prá se auto-delatar, sendo que, os “sinais” só foram “vistos e ouvidos” por você!

Volto pra casa, fecho a porta do quarto e. choro deitada na minha cama gostosa e quentinha!

Afinal, sou mulher!!! Sei apreciar um salto alto confortável, pra vez ou outra, quando der na telha, desfilar… inteira…no breve intervalo entre o fálico vulcão e a mesura desmedida!

Marla P. Costa

Gostaria de falar sobre coisas leves e divertidas. Cá estou, debruçada à mesa de mármore da minha grande amiga Rachel, gastando tinta Bic. Falar de quê? Ainda não sei, só sei que está prazeroso exercitar uma coisa que nunca faço, falar de mim.

Vou tentar:

Sou mulher, mãe de dois filhos, tenho duas amigas fantásticas e pretendo ter blogueiras interessantes como nós para compartilhar idéias bacanas que fará com que o dia a dia se torne mais leve e feliz.

Dúvidas, medos, conflitos todas nós temos, assim como as delícias de sermos nós mesmas…

Muita “Calma e Elegância”… sempre.

Raquel Fernandes

Ouvi dias atrás, que o poema não pertence à poetisa!

Achei uma boniteza essas palavras e secretamente as imprimi no meu coração- virar poetisa e fazer da minha vida um poema, e não pertencer a mim mesma.

Apenas agradecer e contemplar em liberdade, a liberdade!

Por aqui, o desejo do inesperado e do surpreendente anda dando o tom, limitando o próprio desejo de ser livre e clarificando o ilimitado do limite; Cruz credo! Mas é assim mesmo que a banda toca na pequena margem desse rio que ainda nasce!

Marla P. Costa

Fatal

Adélia Prado

“Os moços tão bonitos me doem,

impertinentes como limões novos.

Eu pareço uma atriz em decadência,

mas, como sei disso, o que sou

é uma mulher com um radar poderoso.

Por isso, quando eles não me vêem

como se dissessem: acomoda-te no teu galho,

eu penso: bonitos como potros. Não me servem.

Vou esperar que ganhem indecisão. E espero.

Quando cuidam que não,

estão todos no meu bolso.”

Braciola

Minha sogra Edir